Era uma vez um príncipe e uma princesa. Eles se conheceram, se apaixonaram, juraram amor eterno sob o luar. Mas após o beijo ele virou sapo e ela abóbora. Daí acharam melhor terminar.
E aí? O que acontece depois?
Eu costumo brincar que as mulheres passam por algumas fases após um término.
1ª) Anestesia: Sabe que tá mal, mas não consegue sentir nada por um período.
2ª) Fim do mundo: É quando a realidade desaba na cabeça dela e nada mais importa.
3ª) Baranga: O problema era ela. Tava gorda, tava feia, era ruim de cama, reclamou demais, conversou de menos, cozinhava mal.
4ª) Maldito: O problema era ele. Me enganou, me iludiu, falou muito e fez pouco, tinha outra, nunca me entendeu.
5ª) Rehab: Período para meditação, revisão de conceitos e começar a volta por cima.
6ª) Festa: Finalmente acabou o luto e ela vai atrás das amigas pra voltar a viver.
2ª) Fim do mundo: É quando a realidade desaba na cabeça dela e nada mais importa.
3ª) Baranga: O problema era ela. Tava gorda, tava feia, era ruim de cama, reclamou demais, conversou de menos, cozinhava mal.
4ª) Maldito: O problema era ele. Me enganou, me iludiu, falou muito e fez pouco, tinha outra, nunca me entendeu.
5ª) Rehab: Período para meditação, revisão de conceitos e começar a volta por cima.
6ª) Festa: Finalmente acabou o luto e ela vai atrás das amigas pra voltar a viver.
Já o homem só tem duas:
1ª) Anestesia: Sabe que tá mal, mas não consegue sentir nada por um período.
2ª) TÔ SOLTEIRO CAMBADA! BORA BEBÊ!!!!!!!!
2ª) TÔ SOLTEIRO CAMBADA! BORA BEBÊ!!!!!!!!
É claro que estou generalizando. Mas o que realmente acontece, é que as mulheres sofrem todo o período de luto depois de um rompimento e só então retomam as atividades normais, enquanto os homens fogem disso como o diabo da cruz.
Sem determinar certos e errados, porém analisando profundamente, as mulheres amargam a derrota até superá-la, sendo que os homens até podem fugir, mas mais cedo ou mais tarde a dor vai aparecer, talvez naqueles minutinhos que precedem o sono, ou durante o banho, que é a hora que todo mundo se sente livre pra chorar. E quando você foge de algo, você não o está enfrentando. Isso pode fazer com que você sofra mais, sim. E em silêncio o que é pior ainda. Ou seja: ambos sofrem, mas os rapazes ainda podem sofrer mais do que a gente.
Eu passo por todas aquelas etapas acima, mas desenvolvi minhas próprias técnicas pra minimizar a dor.
Eu não gosto de ficar terminando e voltando relacionamento. Queria ser dessas que quando vê que não tem mais jeito, consegue cortar toda e qualquer forma de contato entre os dois. As vezes me admiro por ter a capacidade de terminar e continuar amiga do ex. Dói demais, além de ser um prato cheio pra indiretinhas de ambas as partes, já que intimidade é um troço meio irreversível. Mais acho mais difícil cortar o contato.
Estou estudando uma forma de seguir meu 11º mandamento: “Não fuçarás a vida alheia.” Esse é o mais difícil. Mulher é bicho curioso e fuçadora de vida alheia por natureza. Quando se trata de ex então, é o horror. Mas controlo o máximo que consigo e quando não consigo controlo mais um pouco, pra não fuçar o Orkut dele e nem perguntar a ninguém sobre ele. Porque certamente ele estará no estágio dois e eu vou ficar mal porque gostaria que ele estivesse na lama que nem eu, e ele não tá. Fundo do poço, na certa.
Terceiro passo: Apago todas as músicas que faziam parte da nossa trilha sonora. Sempre tenho problemas nessa parte, porque eu tenho mania de gerar praticamente uma discografia quando me apaixono, então é certo que vai embora mais da metade da minha playlist. Mas é necessário, já que música é uma coisinha terrível pra te fazer ter crise de choro.
Por fim, tento fazer coisas diferentes do que estou acostumada e pra isso, normalmente escolho as companhias a dedo: amigos divertidos e animados, que vão me fazer rir de mais e perguntar de menos. É bom pra controlar um pouco as lembranças, porque elas sempre vêm e são invariavelmente impiedosas.
É claro que não dá pra simplesmente apagar tudo o que aconteceu, mesmo porque a gente sabe que tudo é experiência, e se existisse uma borracha mental, ser humano nenhum seria capaz de amadurecer. Essa é a hora em que eu dou livre curso pras lembranças, tenho longas e abençoadas crises de choro, repenso tudo o que houve de bom e ruim no namoro e tento guardar somente os aprendizados e as boas lembranças.
Confesso que às vezes a coisa foi tão feia, que boa lembrança nenhuma resiste à filhadaputagem do indivíduo. Mas eu me sinto melhor quando tento perdoá-lo pra mim mesma, ou até quando admito que a culpa foi minha. O fim de um amor é sempre triste, não importa o tempo, envolvimento ou intensidade. E talvez por isso mesmo nós lutamos para equilibrar o sofrimento com a recuperação.
Compartilhei com vocês a minha “técnica”, mais para provocar uma reflexão sobre esse assunto que todo mundo evita pensar. Porém mais cedo ou mais tarde (de preferência, mais tarde) teremos que lidar com isso.
E você? Como age quando termina um relacionamento?


